O Brasil segue batendo recordes na produção de mel, e o Paraná ganhou ainda mais destaque no ranking nacional. Com 9,8 mil toneladas produzidas em 2024, o Estado registrou um crescimento de 16% em relação ao ano anterior e emplacou dois municípios no pódio dos maiores produtores do País.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Arapoti ocupa a segunda colocação nacional, com 1,125 milhão de quilos de mel, enquanto Ortigueira aparece em quinto lugar, com 805 mil quilos.
O desempenho reforça a força da apicultura paranaense, que convive com desafios como clima adverso, uso de agrotóxicos, desmatamento e poluição ambiental. Ainda assim, o setor mantém crescimento constante.
“A apicultura é ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa. Além de gerar emprego e renda, diversifica a propriedade rural e contribui para o equilíbrio ambiental”, explica o veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva, do Departamento de Economia Rural (Deral).
O Brasil produziu em 2024 67,3 mil toneladas de mel, o maior volume da série histórica iniciada em 2016. O resultado reforça a tendência de recordes consecutivos, com destaque para a liderança regional do Nordeste, responsável por 26,5 mil toneladas (39% do total).
Na lista dos maiores produtores estaduais, o Piauí aparece em primeiro lugar, respondendo por 12,6% da produção nacional. Logo atrás vêm Rio Grande do Sul (12%), Minas Gerais (10,9%), São Paulo (10%), Ceará (9%) e o próprio Paraná (9,8 mil toneladas).
Em termos regionais, a participação ficou assim: Sul (33%), Sudeste (22,7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,9%).
Além do valor agregado do mel em si, a apicultura é estratégica para a agricultura como um todo, já que as abelhas cumprem papel essencial na polinização de lavouras. O fortalecimento da atividade contribui, portanto, não apenas para a renda do produtor, mas também para a sustentabilidade da produção agrícola brasileira.
Fonte: Pensar Agro