Mato Grosso completou em junho o terceiro mês seguido de saldo positivo na oferta de empregos com carteira assinada, realizando mais contratações do que demissões nesse período. O movimento, registrado desde maio, contribuiu para que o desempenho do nível de empregabilidade no Estado pudesse encerrar o primeiro semestre desse ano com crescimento de 216% na comparação com o acumulado de janeiro a junho de 2016, quando a criação somou 5.730 novos empregos.
Conforme dados divulgados ontem, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, Mato Grosso foi o maior gerador de empregos da região Centro-Oeste no mês passado, com a oferta de 5.779 novas vagas e o segundo maior do país. O saldo resulta da circulação de trabalhadores no mercado formal. Em junho, por exemplo, foram admitidas 32.141 pessoas e demitidas 26.362, revelando a criação das 5.779 novas vagas. Ainda conforme a série histórica do Caged, para Mato Grosso, o saldo de junho é o melhor dos últimos quatro anos para o mês.
Grande parte da geração de novas vagas no mercado formal do Estado se deve ao município de Nova Xavantina. Com a abertura do frigorífico Marfrig, o município abriu 800 novas vagas diretas; ou seja, Nova Xavantina irá gerar mais de 900 empregos direta e indiretamente e foi a principal cidade do estado a gerar emprego e renda neste semestre.
Outras cidades concentraram a atividade econômica fortemente dependente do agronegócio, e ajudaram nos números de novas vagas, já que há nesse momento as colheitas do milho e do algodão, como Campo Verde, onde 226 novos postos foram criados, Lucas do Rio Verde, 207, Nova Mutum, 252, Primavera do Leste, 616, Rondonópolis, 255, Sinop, 465, Sorriso, 376, Várzea Grande, 164, Cuiabá, 93, Alta Floresta, 98, Aripuanã, 62, Barra do Bugres, 35, Barra do Garças, 24, Cáceres, 46, Guarantã Do Norte, 73 e Juara, 24.
Das 8.340 vagas abertas pelo Centro-Oeste, em junho, 5.779, ou 69%, delas foram criadas somente em Mato Grosso. O desempenho reflete os números positivos dos cinco principais setores da atividade econômica mato-grossense, como a agropecuária (+2.614), o comércio (+1.070), serviços (+761), a construção civil (+757) e a indústria (+531). Goiás, segundo melhor resultado regional, também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o desempenho de indústria de transformação (+2.117), serviços (+1.486) e construção civil (+628). Em Mato Grosso do Sul foram gerada 250 novos postos com carteira assinada e no Distrito Federal, junho fechou negativo com mais demissões do que contratações, fechando o período com a eliminação de 2.484 vagas, sendo o terceiro junho consecutivo de corte de empregos.
SEMESTRE – O saldo do primeiro semestre deste ano, em Mato Grosso, de 18.113 novas vagas, é o terceiro maior da série histórica do período (iniciada em 2003). No ano passado, neste primeiro acumulado do ano foram geradas 5.730 novas vagas, em 2015, 9.118 e em 2014, 20.901. O recorde do período foi registrado em 2012, quando 36.851 novos postos foram criados, mais que o dobro do saldo atual.
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