Prefeitos de vários municípios do interior se reúnem na manhã desta segunda-feira (29) para formular uma proposta alternativa ao Governo do Estado para solucionar a crise na saúde pública.
Tanto o presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Neurlan Fraga (PSD), quanto o prefeito de Nova Xavantina João Batista Vaz – Cebola (PSD) e a maioria dos gestores do interior consideram inaceitável a ideia de retirar parte dos recursos destinados às próprias prefeituras para pagar a dívida da saúde com esses mesmos municípios.
Pela proposta do Governo, 50% do Fethab dos municípios seriam repassados à Saúde, de forma emergencial, por cinco meses.
Para o prefeito, João Batista Vaz – Cebola (PSD), diminuir o repasse do Fethab prejudicará significativamente os municípios, que utilizam a verba para obras de infraestrutura e para que o maquinário continue funcionando.
“Eu acho essa proposta indecente, eu classifico como uma atitude impensada do governador e de sua equipe. Seria como pegar um dinheiro meu para pagar algo que ele deve para mim. Parece brincadeira, mas é o que está acontecendo.”, pontuou Cebola.
Em entrevista à sites da capital, Cebola informou que o município recebe R$ 150 mil de Fethab e que os repasses para a atenção básica do município estão atrasados desde setembro do ano passado.
“A manutenção de um PSF de uma cidade com uma população em torno de 20 mil habitantes gira em torno de R$ 80 mil, o Estado repassa em torno de R$ 7 mil por cada PSF, o restante somos nós e o Governo Federal quem suportamos. E mesmo assim, o Estado não está repassando esses R$ 7 mil. Eu tenho 5 PSF’s dentro do meu município, seria até uma receita considerável que daria para fazer uma manutenção, comprar mais medicamentos”, disse João Batista.
No encontro, os prefeitos salientam que a projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o Fethab em 2017 é de R$ 1,300 bilhão, dos quais somente R$ 230 milhões são destinados ao municípios. Dessa forma, eles acreditam que seria suficiente retirar dinheiro do mais de R$ 1 bilhão do Governo para saldar a dívida.
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