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Sindicalista diz que faltam policiais civil em Nova Xavantina

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Mato Grosso conta atualmente com 220 delegados, 700 escrivães e 2.200 investigadores

Em Mato Grosso, o desfalque de policiais civis é de pelo menos dois mil profissionais. Um problema que tende a se acentuar devido à falta de concursos públicos já que muitos policiais se aposentaram nos últimos anos ou deixaram a carreira para atuar em outras áreas mais valorizadas ou com melhor remuneração. 

“Em média de 80 a 100 policiais aposentam anualmente, no Estado”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva. “No governo de Blairo Maggi (entre 2003 e 2010) foi feito um estudo dizendo, que já naquela época, o número ideal de policiais era de 400 delegados, 1.200 escrivães e quatro mil investigadores. Hoje, esse deficit é de 50% do efetivo”, disse. 

Segundo Silva, o Estado conta com 220 delegados, 700 escrivães e 2.200 investigadores, atualmente. Esse número reduzido coloca o Estado entre as 14 unidades da federação, além do Distrito Federal, em que o número de policiais civis vem caindo ao menos nos últimos cincos. Em todo o país, faltam mais de 50 mil policiais, conforme informações da Confederação Brasileira de Policiais Civis. 

Sem substituição dos que se aposentam, morrem ou dos que se afastam, inclusive, por problemas de saúde, o resultado é que falta policial para investigar crimes, como homicídios e contra o patrimônio. 

“Hoje, Mato Grosso tem 60 a 70 delegacias que não têm delegados. Dos 220, 50% atuam em Cuiabá”, reforçou Clédison Silva. Entre os municípios que enfrentam problemas, ele cita Confresa, Nova Xavantina, Nova Bandeirantes e Nova Canaã. “Nestes casos, um delegado responde por duas, três ou mais delegacias”, completou. 

Silva destaca ainda que no ano passado, o governador Pedro Taques convocou aproximadamente 450 investigadores aprovados no último concurso realizado pelo Estado. Porém, ainda assim o número ficou aquém da necessidade do Estado e, mesmo com o novo processo seletivo previsto para ser lançado ainda neste ano, o quadro atual deverá permanecer por pelo menos mais dois anos. 

“Do lançamento do edital do concurso até os aprovados serem chamados leva-se cerca de dois anos para tomar posse. Então, hoje se ninguém aposentar ou morrer, o efetivo será o mesmo até 2019”, comentou. 

CONCURSO – No último dia 17, o Governo do Estado publicou edital de abertura de concurso público para formação de cadastro de reserva para o cargo de delegado. As inscrições para o concurso público serão feitas somente via internet, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br, que será ativado no período entre 10 horas do dia 27 de março de 2017 e 18 horas do dia 02 de maio de 2017 (horário oficial de Brasília-DF). A taxa é de R$ 180,00. 

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