"Nós ficamos constrangidos, chocados, com o número de denúncias que chegam aqui sobre abuso sexual contra crianças e adolescentes" disse ao site NX1 e programa Rezende Notícias a conselheira coordenadora do Conselho Tutelar de Nova Xavantina, Aldecina Dias da Rocha.
Em seu quinto mandato na função, Aldecina -que na entrevista, estava acompanhada das conselhereiras Rosângela Bach e Ivete Pereira-pediu aos pais e familiares "que prestem bastante atenção nos seus filhos, com quem andam, aonde vão; não se trata de podar, mas prestar atenção, porque está demais o abuso, isto nos deixa constrangidos".
Aldecina acha que talvez devido ás palestras que os conselheiros tem promovido nas escolas, para alunos, pais e professores, tenha aberto mais a cabeça das crianças, pois as denúncias aumentaram. "Isto tem nos chocado muito" confessou a conselheira.
DISK 100
Mesmo com o aumento das denúncias, a conselheira acha que a maioria das ocorrências ainda não estão sendo comunicadas, pois como se trata de um crime doméstico, muitos não querem falar. "Muitos não dão abertura para agente entrar no caso, muitos abafam, quando agente chega já tomaram outras providências, deram outro segmento" disse ela, conclamando a população para denunciar.
"Se não quiser vir aqui pessoalmente, faça a denúncia na delegacia, na Promotoria, ou pelo Disk 100. Muitas denúncias tem chegado aqui através deste serviço, o disk 100: a pessoa liga, o anonimato é mantido, a denúncia cai em Cuiabá e retorna direto para o nosso e-mail" explicou.
PROSTITUIÇÃO INFANTIL
Embora alertando para o problema, Aldecina disse que o Conselho Tutelar de Nova Xavantina ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre a existencia de pontos na cidade onde se pratique a prostituição infantil. "Nós acompanhamos o movimento nas casas noturnas de Nova Xavantina e não encontramos nada neste sentido" disse ela, o que reforça a tese de que se trata de um crime eminentemente doméstico.
Recentemente, um rumoroso caso de prostituição infantil foi instaurado na Justiça, cujo processo está em andamento. Neste caso, o ato era praticado nas proximidades do Rio das Mortes, em barcos de passeio para turistas.
A conselheira explicou, mais uma vez, que a função do Conselho Tutelar não é "prender" ninguém, nem o órgão tem função policial. "Nossa função o próprio nome diz, somos "conselheiros", orientamos as crianças e adolescentes a procurar os seus direitos, e defendê-los perante a Justiça".
A entrevista foi realizada no último dia 05, e será reapresentada nesta segunda feira, 15, no programa Rezende Notícias, às 12 horas, através da Rádio Rezende FM -90.7 – sintonizada em você. Fique por dentro!
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