Três pessoas foram presas durante a operação deflagrada pelo Polícia Federal, Ouro de Ofir, nesta terça-feira (21). Uma pessoa está foragida. 19 mandados foram cumpridos pelos policiais.
Foram presos Celso Eder de Araújo, dono da empresa Company Consultoria que também foi alvo da operação, além de Sidney Anjos Pero e Anderson Flores de Araújo- tio de Celso.
Segundo informações da Policia Federal o patrocínio do futebol em Mato Grosso do Sul seria uma das formas para a lavagem de dinheiro feita pela organização criminosa, que tem vítima em todos os estados brasileiros. As vítimas passam de 25 mil pessoas.
O golpe era fomentado e legitimado com documentos falsos do Banco Central do Brasil, onde fingiam reunião com executivos do banco para passar credibilidade aos investidores, que tinham promessa de lucro de 1000%.
Um condomínio de luxo no Bairro São Francisco também foi alvo da operação, que apreendeu R$ 1 milhão em espécie, além de 200 quilos de pedras preciosas. Três carros de luxo da residência de Celso Araújo foram levados para a Superintendência da Polícia Federal.
NOVA XAVANTINA
Advogados, professores, ex-secretário municipal, empresários, dona de casa e até pastores de igrejas caíram no golpe que era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.
O auditor público do município, Welton Magnone, foi chamado para fazer o investimento; no entanto, o mesmo fez uma rápida pesquisa na internet e viu que se tratava de uma fraude; porém, mesmo alertando os demais que já estavam iniciando seus investimentos, foi taxado de medroso.
“Vamos ficar ricos. Vou chegar aqui e vou pedir minha demissão da prefeitura.”, relatou Magnone o que ouviu de um dos investidores da fraude.
Muitas vítimas foram induzidas a investir em projetos cujos contratos não possuem lastro ou objeto jurídico plausível. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.
O MENTOR
O mentor do golpe era Sidinei dos Anjos Peró, conhecido como Dr. Peró. Ele afirmava ser juiz arbitral. Contudo, era só fachada. “Juiz arbitral é um cargo que não existe. Um árbitro existe em Câmaras de negociação, não é um cargo público. O que eles queriam era status”, afirma Guilherme Guimarães Farias, o delegado que conduz as investigações.
Foi Sidinei quem decidiu chamar pastores evangélicos para vender esses aportes de sua operação aos fiéis das igrejas.
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